ANÁLISE CRÍTICA DA OBRA :
"Menino de engenho é uma autobiografia das cenas da infância de José Lins do Rego, que ainda estavam marcadas em sua mente.
Segundo depoimento do próprio autor, a sua intenção ao elaborar a obra era escrever a biografia do avô, o coronel José Paulino, a quem considerava uma figura das mais representativas da realidade patriarcal nordestina."
Tema – O livro enfoca os abalos de estruturas de uma sociedade rural aristovratizante, latifundiária e escravocrata. O universo complexo em questão é o “mundo”do menino de engenho, que vai da pureza às maledicências , caracterizando uma realidade totalizadora e ao mesmo tempo um destino individual.
O autor, no último parágrafo do livro faz uma comparação de Carlos com Sérgio, do livro “O Ateneu” (Raul Pompéia), sendo que o primeiro sai de uma vida jovem, mas com muita experiência, para seguir seus estudos e o segundo sai de uma vida de mumos para um mundo onde experimentará sensações que ainda não foram vividas.
No romance de Raul Pompéia há uma atitude de exigência interior de libertação de uma amargura avassaladora, intensificada e marcada pela caricatura, pelo sarcasmo e impiedade. Já o que ocorre no romance de José Lins do Rego é algo de ternura e intensa humanidade, dominado pela nostalgia do ambiente do engenho sob a decadência do poderio da civilização açucareira. Esse autor procura sentir e compreender a grandeza e a memória da natureza humanos limites de um mundo do qual não deseja se desprender.
Através da Velha Totonha, o autor faz referências a “Mil e uma noites”, “Pequeno Polegar”, ao naufrágio do paquete Bahia nas costas do Pernambuco, “Barba Azul” etc.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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