quarta-feira, 16 de setembro de 2009
PERSONAGENS :
Carlinhos : é o protagonista da história. Era um menino triste. Gostava de ter liberdade, de brincar com os meninos, mas no fundo era triste. Morava em Recife, antes de ir para o engenho Santa Rosa, o qual ficou por quatro anos. Ficou órfão aos oito anos de idade. O engenho era tudo para ele. Apesar de tia Maria cuidar dele como mãe, não davam-lhe notícias a respeito do pai – diziam que estava doente no hospital e o hospital se tornou para ele um lugar para onde se vai e nunca mais volta. A solidão para Carlos deixava falar o que ele guardava por dentro: as preocupações, os medos, os sonhos. Gostava de prender os canários com o alçapão. Eram os seus dias de glória. Faziam todos os gostos para o menino: deram o carneiro Jasmim e fizeram os arreios em Itaibana. Carlos cresce sem orientação e aos doze anos torna-se um corrompido.
Avô José Paulino – figura representativa da realidade patriarcal nordestina. Aos olhos de Carlos, um verdadeiro deus, uma figura de grandiosidade inatingível. Não era um devoto. A religião dele não conhecia penitência e esquecia alguns dos mandamentos da lei de Deus. Não ia às missas, não se confessava, mas em tudo o que procurava fazer, lá vinha um “se Deus quiser eu tenho fé em nossa Senhora”. Todos no engenho respeitavam o senhor José Paulino. Depois do jantar ele sentava-se numa cadeira perto do grande banco de madeira do alpendre. Lia os telegramas do “Diário de Pernambuco” ou dava as suas audiências públicas aos moradores. Todo o dinheiro dele era para comprar terras.
Dona Clarisse – mãe de Carlos. É assassinada pelo marido no início do livro.
Pai de Carlos – homem alto e bonito, com olhos grandes, bigode preto. Beijava o menino, contava histórias, fazia os seus gostos. Tudo era para o menino, que mexia nos livros, sujava as roupas. Por outro lado, discutia com Dona Clarisse. Tinha um coração arrebatado pelas paixões, um coração sensível demais às suas mágoas. Fica louco e mata Dona Clarisse
Tia Sinhazinha – velha de aproximadamente sessenta anos, despótica, que dirigia o convento. As negras, os moleques, todos tinham que se submeter à sua dureza e crueldade. Não gostava de ninguém. Só agradava as pessoas para fazer raiva à outras, depois mudava. Não se aproximava de Carlos. No engenho, trancava a despensa e andava com a chave.
Tio Juca – tio que, levando o menino da cidade para o engenho, apresenta-lhe o mundo novo do engenho e também o próprio avô.
Tia Maria – moça que, com ternura, amor e carinho vai substituir a mãe na memória de Carlos.
Velha Totonha – Vivia a contar história de Trancoso. Era pequenina e engelhada, tão leve que uma ventania poderia carregá-la, andava muito a pé, de engenho a engenho, “como uma edição viva das “Mil e uma noites”. Tinha talento em contar histórias. Não tinha nenhum dente na boca, mas dava tons às palavras”. Recitava contos inteiros em versos, intercalando a prosa com notas explicativas.
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